Nossa História
Lançamento: 16/03/1999
Com o nome de Kids Denúncia, lançamos a primeira central de denúncias contra a pedofilia na Internet. Na época, Kids era um código secreto para comercialização de fotos sensuais de crianças na Rede Mundial de Computadores. Usando a palavra como isca, recebemos uma grande quantidade de denúncias, de diversos teores. A iniciativa atraiu o interesse do FBI (Federal Bureau of Investigation), que enviou um de seus quatro maiores agentes no mundo especializados em crimes de pedofilia ao Brasil, para apurar as denúncias recebidas por nossa Central, desvendando vários casos.
Através de nossas denúncias, o FBI comprovou que o desaparecimento de crianças nos Estados Unidos da América estava ligado a crimes de exploração sexual infantil e magia negra. Nossas investigações jornalísticas comprovaram que o desaparecimento de crianças no Brasil também estava ligado a exploração sexual infantil, além da adoção ilegal, tráfico humano e de órgãos. O alto índice de solução de casos foi primordial para a criação de debates e programas de combate a esse tipo de crime no país.
Criação da ONG: 19/10/2004
Com o tempo o site se transformou no Portal Kids, um espaço de informação, educação e prevenção de crimes contra a infância e juventude, e divulgação, recebimento e encaminhamento de casos de crianças e jovens desaparecidos. O Portal Kids deu nome a ONG, que passou também a ser conhecida por Mães do Brasil, projeto formado por mulheres do Rio de Janeiro que tiveram os filhos desaparecidos de forma forçada.
O Projeto Mães do Brasil nasceu do sonho de uma mãe, Tercília Frederico, que teve o filho Josemar, portador de necessidades especiais, desaparecido em uma festa Junina na Vila da Penha, Rio de Janeiro. Tercília foi entrevistada pela jornalista Wal Ferrão para uma reportagem em 1998 e a convenceu a criar um projeto para ela e outras mães, de atendimento psicossocial e jurídico as famílias de desaparecidos.
Nosso projeto de atendimento psicológico em grupo a famílias vítimas de violência foi iniciado em 2006. E nossa ideologia de empoderamento coletivo possibilitou a consolidação e a transformação dessas vítimas em pessoas conscientes de seu papel de cidadãos. Outro grande foco de atuação de nossa instituição foi o melhoramento da política de atendimento dos casos de desaparecimentos no Estado do Rio de Janeiro, resultando na contribuição da criação da delegacia especializada em desaparecimento, em 2014, e a pesquisa “O Desaparecimento Forçado de Meninas no Rio de Janeiro: Desafios do Sistema e Justiça”, publicada em 2019, em parceria com a Escola de Magistratura do Rio de Janeiro.
Nossas investigações jornalísticas também estimularam a criação das Comissões Parlamentares de Inquéritos: CPI da Criança Desaparecida, em 2010, da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e a do Tráfico de Pessoas, ambas em 2014.
A parceria do nosso jornalismo investigativo com a mídia e emissoras de TV possibilitou a criação de ações e campanhas de prevenção ao desaparecimento forçado, a exploração sexual infanto-juvenil e o tráfico de pessoas. Destaque para as novelas Senhora do Destino (2004 a 2005), da TV Globo, e Prova de Amor (2005 a 2006), da TV Record.
Com o desenvolvimento da instituição, a ONG passou a atuar em outros nichos, como atendimento psicossocial e o empoderamento de jovens de comunidades de baixa renda. Através de atividades educacionais e com foco na arte, na cultura, na gastronomia e no lazer, desenvolvemos o Projeto Gente do Amanhã desde 2010. Também realizamos projetos empreendedores de culinária e artesanato para o empoderamento feminino, e o Projeto Elo, voltado para atividades esportivas e a iniciação profissional de crianças e jovens em Saquarema, região litorânea do Rio. Nossos projetos contaram com inúmeros parceiros e patrocínios em nossa trajetória, a exemplo da Agência de Cooperação Internacional DKA Áustria, do projeto Criança Esperança, da TV Globo em parceria com a Unesco, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, da Coordenadoria de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, do Station Cowoorks e da Agência de Marketing Ousa 7.